HISTÓRIA
Genuinamente brasileira
A umbanda é uma religião de matriz africana formada por um processo de sincretismo religioso, que acontece quando uma religião se apropria de diferentes elementos religiosos presentes em outras crenças, incorporando esses elementos às suas crenças originais.
No caso da umbanda, o sincretismo acontece a partir da união de quatro elementos: o africano, o católico, o espírita e o indígena.
A primeira parte de sua tradição religiosa veio da África, mas seu nascimento aconteceu no Brasil. Segundo o pai de santo no Centro Espírita Universalista Rei Tupinambá, o sincretismo na umbanda está associado a própria identidade formadora do nosso país, com o negro, o indígena e o branco.
África
Brasil
A umbanda surgiu na cidade de Niterói, no Rio de Janeiro, através da manifestação do Caboclo dos Sete Encruzilhadas através do médium Zélio Fernandino de Moraes.
Início
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Tecla Sá de Oliveira
Vice presidente na União Espírita Cearense de Umbanda (Uecum)
08
As primeiras casas
João de Oxossi, pai de santo no Centro Espírita de
Umbanda São Sebastião, Ceuss
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A primeira tenda de umbanda foi criada em 16 de novembro de 1908, pelo pai Zélio Fernandino de Morais, no dia seguinte a manifestação do Caboclo das Sete Encruzilhadas. A tenda, chamada de Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade, é hoje o templo mais antigo de umbanda, ainda em funcionamento.
Primeira publicação literária
"No Mundo dos Espíritos", do autor umbandista Leal de Souza, é considerado o primeiro livro sobre a umbanda a ser publicado, sendo a primeira publicação literária a fazer referência direta à Zélio Fernandino de Morais e ao Caboclo das Sete Encruzilhadas.
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Crição da Federação Espírita de Umbanda do Brasil
Zélio Fernandino de Morais cria, em 1939, a Federação Espírita de Umbanda do Brasil (FEUB). Segundo Alexandre Cumino, "História da Umbanda", publicado em 2010, um dos objetivos da Federação foi a organização do Primeiro Congresso Brasileiro do Espiritismo de Umbanda, realizado dois anos depois.
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Primeiro Congresso Brasileiro do Espiritismo de Umbanda
O Congresso aconteceu de 19 à 26 de outubro de 1941, com o objetivo de legitimar a prática da religião e organizar os terreiros.
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União Espírita de Umbanda do Brasil
Em 1947, a Federação Espírita de Umbanda do Brasil (FEUB) passa a ser chamada de União Espírita de Umbanda do Brasil (UEUB). A UEUB funciona até hoje, no Rio de Janeiro, abrigando diversos terreiros e promovendo festas anuais dedicadas à Umbanda. O atual presidente é o sr. Pedro Miranda.
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Hino da Umbanda
Com letra de José Manoel Alves e música de Dalmo da Trindade, "Refletiu a Luz Divina", Hino da Umbanda, foi apresentado em 1961 no segundo congresso nacional de umbanda.
Centenário da
Umbanda
No dia em que a Umbanda comemorou 100 anos de existência, comemorações foram realizadas em todo o país.
Comemorado em 15 de novembro, o Dia Nacional da Umbanda é uma das datas mais importantes no calendário umbandista, referindo-se ao dia 15 de novembro de 1908, considerado o marco do nascimento da religião.
Inicialmente instituído pelo Conselho Nacional Deliberativo da Umbanda, Condu, em 1976, a data foi oficializada pela Lei de Nº 12.644 de 16 de maio de 2012, pela então presidente Dilma Rousseff.
No último dia 15 de novembro, diversas comemorações foram realizadas em todo o país. Em Fortaleza, uma festa tradicional é promovida na data pela mãe de santo no Centro Rei Dragão do Mar, Taquinha de Oyá. Na comemoração ela reúne pais e mães de santos de toda a cidade.
Dia Nacional da Umbanda
2012
No Ceará
2008
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A Umbanda no Ceará
Kelma Nunes é graduada em serviços sociais com especialização em cultura africana e dos afrodescendentes pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e adepta da umbanda e do candomblé.
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Criação da
Uecum
A União Espírita Cearense de Umbanda (UECUM), é hoje uma das principais instituições representativas da umbanda no Ceará, sendo criada, em 1967, por Manoel Rodrigues de Oliveira.
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A Festa de Iemanjá em Fortaleza
A Festa de Iemanjá, realizada nas praias do Futuro e Iracema, foi fundada em 1965, através da mãe de santo Júlia Condante.
A história da Festa, marcada pela repressão e pelo preconceito, assim como os próprios cultos da religião, hoje ganham mais espaço na sociedade.
No último dia 29 de agosto, o Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio Histórico e Cultural, o Comphic, reconheceu a Festa de Iemanjá como Patrimônio Imaterial de Fortaleza.
A mãe de santo Maria Branquinha acompanhou o processo, e relata a sensação sentida na data:
Saiba mais sobre o processo de Tombamento da Festa em A umbanda que canta e encanta
Tombamento da Festa de Iemanjá em Fortaleza